Alerta do presidente da Associação Brasileira de Piscicultura atenta a responsabilidade do MAPA em avaliar a entrada do produto infectado, que pode ser fatal para o futuro da atividade
O Tilapia Lave Virus (TiLV, termo em inglês para Vírus da Tilápia Lacustre) apareceu em Israel por volta de 2009, surgindo posteriormente no Equador, dizimando a população de tilápia desses países. Dada sua gravidade, o presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR, São Paulo/SP), Eduardo Amorim, alerta sobre o risco de entrada no Brasil de animais oriundos de países que já apresentaram casos do vírus TiLV.
Caso isso ocorra, Amorim destaca que a produção brasileira seria diretamente afetada, compromendo o futuro da atividade e a possibilidade de o País se tornar um importante player do mercado mundial de piscicultura. “O Brasil tem grande potencial de consumo de tilápia, motivo pelo qual é o alvo perfeito para dezenas de países exportadores. Porém, as autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF) têm de avaliar a importação com muito cuidado, pois a entrada de tilápia infectada pelo TiLV pode ser fatal para o futuro da piscicultura nacional”, ressalta o presidente.
A Peixe BR representa cerca de 50% da produção de peixes cultivados no País, que em 2015 atingiu 600 mil toneladas. A tilápia representa metade da produção.
“Estamos muito preocupados. O TiLV é devastador. O Brasil não pode correr o risco de importar tilápia de um país que tenha o vírus. O risco é grande demais para a piscicultura brasileira, que reúne milhares de projetos produtivos e gera mais de um milhão de empregos diretos e indiretos”, ressalta Eduardo Amorim.
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